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Carta aberta

Atriz Klara Castanho revela estupro, gravidez e entrega do bebê para adoção

Atriz contou os detalhes em uma carta aberta na rede social.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Klara Castanho. Foto: Instagram, Reprodução
Klara Castanho. Foto: Instagram, Reprodução

A atriz Klara Castanho divulgou, neste sábado (25), uma carta aberta na rede social declarando que foi estuprada, teve o bebê e o entregou para a adoção. O relato aconteceu, segundo ela, não por vontade, mas por rumores na internet.

“Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada”.

Klara contou que logo depois da violência sexual, tomou pílula do dia seguinte, fez exames e não registrou boletim de ocorrência. Tempo depois, buscou um médico com dores, avaliando a possibilidade de estar com gastrite, hérnia estrangulada ou um mioma. Foi então que descobriu a gravidez. “Contei ter sido estuprada, expliquei tudo o que aconteceu. O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher grávida que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim, esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo”, relembrou ela.

Na carta ainda fala sobre os motivos de ter entregue a criança para a adoção: “Ser pai e/ou mãe não depende tão somente da condição econômico-financeira, mas da capacidade de cuidar. Ao reconhecer a minha incapacidade de exercer esse cuidado, eu optei por essa entrega consciente e que deveria ser segura”. Ela ainda complementou:

Tudo o que fiz foi pensado em resguardar a vida e o futuro da criança. A criança merece ser criada por uma família amorosa, devidamente habilitada à adoção, que não tenha as lembranças de um fato tão traumático. Ela não precisa saber que foi resultado de uma violência tão cruel.

Para finalizar a carta aberta, Klara Castanho fala que está amparada pela família cuidando da saúde física e mental. Pediu compreensão e privacidade.

Minha história se tornar pública não foi um desejo mau, mas espero que, ao menos, tudo que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas mão se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem. Entregar uma criança em adoção não é um crime, é um ato supremo de cuidado.

>>>Adolescente é suspeito no caso da menina de 11 anos grávida, afirma polícia

Confira o post de Klara Castanho no Instagram:

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