Atividade industrial catarinense acumula a maior alta do país no ano
Santa Catarina registrou em agosto crescimento de 1,9% em relação a julho na série com ajuste sazonal
• Atualizado
O desempenho do estado no mês foi o terceiro melhor do país e acima da média nacional, que teve retração de 0,7% no período, conforme análise do Observatório FIESC
Após seis meses consecutivos de recuo na atividade industrial, Santa Catarina registrou em agosto crescimento de 1,9% em relação a julho na série com ajuste sazonal. O desempenho do estado no mês foi o terceiro melhor do país e acima da média nacional, que teve retração de 0,7% no período, conforme análise do Observatório FIESC. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 5,8% em agosto. No país, também houve queda de 0,7% nessa base de comparação.
Santa Catarina também tem destaque no acumulado do ano. De janeiro a agosto, o estado apresentou o melhor desempenho entre as unidades federativas, com alta de 20,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi mais que o dobro do registrado na média nacional (9,2%).
“Santa Catarina possui um parque industrial muito diversificado, o que contribui para esta retomada. A indústria catarinense sempre impulsionou o desenvolvimento econômico do estado e não será diferente no período pós-pandemia. Apostamos em um crescimento sustentado, acima da média nacional, como é tradição do nosso setor”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Metalurgia é destaque no período
No acumulado de janeiro a agosto, o setor de Metalurgia continua como destaque na atividade industrial em Santa Catarina, com alta de 69,8% na comparação com o mesmo período de 2020. De acordo com Maicon Luiz Brand, economista do Observatório FIESC, a atividade da construção é um dos grandes indutores do desempenho do segmento.
Na sequência, destacam-se a produção de Veículos automotores (54,8%) e de Máquinas e Equipamentos (45,4%), setores cujos produtos envolvem maior intensidade tecnológica.
A produção de Produtos têxteis e Produtos de vestuário também vêm tendo bom desempenho no ano. “Com a retomada plena da economia, a demanda reprimida por parte de consumidores tende a reaquecer o mercado da moda, sobretudo em centros urbanos, onde há maior quantidade de eventos”, afirma o economista.
Já o setor de Produtos Alimentícios, que sofreu menores abalos nos primeiros meses da pandemia, vem sofrendo alguns impactos com a redução da demanda de países asiáticos, sobretudo nos derivados de soja. Os produtos de óleo e farelo de soja tiveram queda de 55,1% no volume exportado no acumulado de 2021, frente ao mesmo período do ano passado. Entre os fatores internos, a redução no poder de compra em decorrência da inflação explicam a queda na produção industrial do setor ao longo do ano.
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