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Economia

Arroz e feijão sobem 57,73% durante a pandemia, aponta FGV IBRE

O prato mais tradicional na mesa dos brasileiros está mais salgado e não é no sabor - é no preço

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Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Pexel
Imagem Ilustrativa. Foto: Pexel
Texto por Morgana Fernandes / SCC SBT

O prato mais tradicional na mesa dos brasileiros está mais salgado e não é no sabor – é no preço. Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou que o arroz e o feijão aumentaram 57,73% durante a pandemia. O arroz subiu 56,5% e o feijão 71,82%. O reajuste foi de 8,31% acima da inflação geral.

Segundo o pesquisador e economista da FGV IBRE, Matheus Peçanha, os impactos na oferta e demanda justificam o reajuste. “O efeito la niña nas plantações e o valor do dólar proporcionaram redução na oferta, o que aumenta o preço. Também houve o aumento da demanda causada pela pandemia”, explica.

Aliado ao desemprego, a queda na renda e a alta nos preços, a alternativa para muitas famílias foi procurar substitutos para o que parece insubstituível. Para a auxiliar de serviços gerais, Fernanda dos Santos, o jeito foi alterar a logística de preparo do arroz e feijão. “O feijão cozinhando todo dia consome muito gás. Eu cozinho uma vez na semana e congelo para reduzir o consumo. Também tem a lentilha que está mais barata”, conta.

Apesar das altas acumuladas entre julho de 2020 e julho de 2021, os preços devem melhorar ainda neste ano.

“O dólar já está mais constante e não há perspectiva de desvalorização. A safra também já teve uma recuperação. Devemos ver os preços se estabilizando”, enfatiza o economista.


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