Após recente estabilização, desnutrição volta a aumentar no mundo
Indicadores da África e Ásia foram os mais preocupantes, segundo estudo da FAO
• Atualizado
O Anuário de Estatísticas da Organização das Nações Unidas para Alimentações e Agricultura (FOA) mostrou que o nível global de prevalência de desnutrição (PoU) voltou a aumentar após oito anos de estabilização.
O dado de prevalência de desnutrição se agravou entre 2019 e 2020, sendo que, durante a pandemia da covid-19, aumentou lentamente. A África teve a piora mais grave e finalizou 2021 com 20,02%, contra 15,6% de 2014. Na América Latina e no Caribe, o indicador do PoU também registrou uma expansão após 2014, finalizando 2021 com 8,6%.
A Ásia e a África são as regiões que mais preocupam pelos índices de desnutrição local. A região asiática segue sendo a segunda localidade com o maior índice (9,1%), depois de uma década de declínio. A única região que se manteve estável desde 2014 no índice PoU foi a Oceania, com cerca de 8,6% em 2021.
Outro dado que anda junto com o de prevalência de desnutrição (PoU) é a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave. Em 2021, o anuário aponta que 11,7% da população mundial, cerca de 924 milhões de pessoas, foram expostas à insegurança alimentar grave no mundo. Já em níveis moderados, no mesmo ano, estima-se que 17,6% da população mundial, pouco menos de 1,4 bilhão de pessoas.
A tabela abaixo mostra que a insegurança alimentar grave e moderada é muito maior na África do que em qualquer outro lugar do mundo, afetando 57,9% da população em 2021.
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