Após polêmica, estátua “Touro de Ouro” da Bolsa de Valores foi removida

A Bolsa de Valores brasileira B3 removeu na noite de terça-feira (23) a polêmica escultura Touro de Ouro que estava em frente ao seu prédio, na região central de São Paulo. Isso aconteceu porque a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, da Secretaria Municipal de Urbanismo de São Paulo considerou a obra irregular.

O órgão municipal considerou que a estátua estava sem licença urbanística e foi percebido que era publicidade irregular. A Subprefeitura da Sé deve definir uma multa pela irregularidade.

A CPPU, instituição pública que decide sobre como a paisagem urbana pode sofrer intervenções de acordo com a Lei Cidade Limpa, avaliou que a estátua se tratava de uma peça publicitária e que está associada ao economista Pablo Spyer, que também é influenciador digital.

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Estátua polêmica

Desde o primeiro dia que a obra foi instalada, o Touro da B3 foi motivo de muita discussão, polêmica, protesto e chacota nas redes sociais. A estátua foi pichada e amanheceu com um cartaz de protesto escrito fome, foi pichada e um movimento social fez um churrasco em uma das madrugadas para o povo de rua. 

A CPPU decidiu sobre a remoção após uma votação divida, por 5 a 4, onde parte da comissão votou pela permanência da obra, porque atraiu o público da região central, trazendo benefícios ao comércio, após às restrições da pandemia de covid-19, e do outro lado, que definiu a remoção porque feria a lei cidade limpa.

O “Touro de Ouro” foi construído sobre uma estrutura metálica tubular com multicamadas de fibra de vidro de alta densidade e pintura de alta temperatura anticorrosiva. A escultura tem mais de cinco metros de comprimento, três de altura e dois de largura.

O touro brasileiro foi uma alusão à obra Charging Bull, o Touro de Wall Street, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O touro ‘gringo’ significa que touro que ataca, em investida, em alusão a bolsa de valores norte-americana.