Após anúncio de cortes, Marinha publica vídeo que ironiza ‘privilégios’ de militares
A previdência e alguns benefícios de militares são alvos do corte de gastos apresentado pelo governo federal
• Atualizado
Em meio ao debate sobre os privilégios de militares, a Marinha do Brasil lançou neste domingo (1º) um vídeo em que rejeita o “privilégio” atribuído pelo governo federal a militares. A produção audiovisual, com duração de 1 minuto e 15 segundos, contrapõe a rotina de treinamentos e operações das Forças Armadas com a vida civil. No final, uma servidora da força questiona: “privilégio? Vem para a Marinha!”.
O vídeo foi publicado em meio a discussões sobre corte de gastos, que tem como um dos alvos a previdência e alguns benefícios de militares. Apesar de ser encarada como branda, a medida desagradou a caserna e a produção é vista como um recado a Lula. As informações são do SBT News.
Mesmo com algum acordo a respeito das mudanças para a entrada de militares na reserva remunerada, as Forças Armadas entendem que outras áreas, como o poder Judiciário, também deveriam abrir mão de privilégios. O vídeo faz parte das comemorações ao Dia do Marinheiro, com data no dia 13 de dezembro.
Veja o vídeo:
Corte de gastos na Marinha
Os militares entraram no pacote de corte de gastos do governo Lula. A medida mais impactante está relacionada à idade mínima para entrada na reserva remunerada. Atualmente, um militar com 35 anos de serviço pode entrar na reserva. Se ele começou com 18 anos, ele pode sair da ativa e continuar recebendo com 53 anos.
O governo quer que a idade mínima para aposentadoria militar seja de 55 anos. Será adotado um prazo de transição da regra até 2032, com a adição de um período adicional de contribuição de 9% ao militar que está perto de entrar para a reserva.
Além disso, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad propuseram o fim da morte ficta e alterações na transferência de pensões feita por militares.
Morte ficta
O benefício da morte ficta, garante a familiares de militares expulsos das Forças Armadas, o pagamento de pensão, desde que ele tenha servido por pelo menos 10 anos. A medida compara a expulsão com a morte do militar e existe desde 1960.
Segundo o SBT News, o governo também prevê o fim da transferência de pensões militares para familiares. Atualmente, filhos e cônjuges possuem direito à pensão militar no caso de morte desses beneficiários, elas poderiam ser passadas para irmãos. O governo quer acabar com a possibilidade de transferência.
Outro item detalhado no pacote fiscal é fixar em 3,5% a contribuição para o fundo de saúde militar descontada do salário do servidor, taxa variável pelas normas atuais.
*Com informações do SBT News.
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