Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Projetos futuros

Aonde PSD, MDB e União Brasil pretendem chegar em 2026

Siglas deixam um alerta a Jorginho Mello, que deve concorrer à reeleição

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Um jantar que reúne os presidentes estaduais de PSD, MDB e União Brasil não passa despercebido devido ao rumo que uma conversa entre Eron Giordani, Valdir Cobalchini e Fábio Schiochet deve tomar até 2026. Em primeira análise, ex-aliados históricos, as três siglas foram, no passado não tão distantes, protagonistas da tríplice aliança, com outras nomenclaturas, onde também figurava o PSDB, hoje em fase de reorganização.

O saudosismo não é a questão central, porque em torno da mesa também estavam os prefeitos pessedistas candidatos à reeleição: Topázio Neto (Florianópolis), Orvino de Ávila (São José) e João Rodrigues (Chapecó), nome mais do que lembrado para um voo mais alto ao governo, em 2026. Mesmo que neguem ou atenuem os efeitos do encontro, principalmente àqueles que estão alinhados com o governador Jorginho Mello (PL), o caminho natural é o de que as três siglas comecem a desenhar uma inevitável aproximação, tanto para o governo, quanto para o Senado, com a renovação de dois terços da Câmara Alta.

Fábio Schiochet, Eron Giordani e Valdir Cobalchini, durante o jantar em Florianópolis. Divulgação

Os sorrisos e garfadas são circunstanciais, porém as intenções devem ser renovadas passado o embate eleitoral de outubro próximo. O ânimo de conversar inclui o vereador João Cobalchini (MDB), presidente da Câmara da Capital, por ora envolvido no projeto de Topázio, e filho do presidente emedebista, além do deputado Julio Garcia (PSD), reconhecido articulador.

O que sugere este encontro, que não pretende ser o último, é um alerta para Jorginho Mello, que, de alguma forma, costura com cada uma das siglas nas eleições municipais e projeta que a série de concessões e agrados em atuais alianças será devidamente cobrada quando o governador concorrer à reeleição. O PSD já deu provas de que tem projeto, principalmente depois que filiou o prefeito Clésio Salvaro, de Criciúma, virtual dupla com João ou alternativa para o governo ou opção para o Senado. MDB e União Brasil são parceiros cobiçados, até por Jorginho.

Questões paroquiais não devem pesar

No momento do ajuste, o União Brasil (fusão de DEM e PSL) está mais próximo do PSD do que o MDB. Inevitável é avaliar que o União Brasil tem o nome do ex-prefeito da Capital Gean Loureiro para pôr na roda, embora o apoio a Dário Berger (PSDB), em Florianópolis, tenha provocado a ira de quem defende seguir com os pessedistas e os bolsonaristas ligados a Jorginho Mello. O encontro extraordinário da executiva nacional, às 17h, desta terça-feira (23), em Brasília, onde a bancada estadual e os quatro vereadores do União pedem a destituição de Gean por romper o pré-acertado com Topázio, será um bom termômetro de quanto a corda deverá esticar.

Gean não tem o menor receio, defende que com a convenção fechada isso basta para que todos os procedimentos adotados no último sábado (20) são legais e sem volta. Caso passe esta fase, volta a ter força dentro da sigla, hoje comandada por Schiochet, que recebeu a presidência do ex-prefeito de Florianópolis. O União não está em condição de se livrar de ativos, a não ser que queira ser, no futuro, um satélite do PL ou do PSD.

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