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Direitos

Alto-comissário da ONU pede que Talibã revogue restrições contra mulheres

Proibição do grupo em universidades, postos de trabalho e ONGs aumenta vulnerabilidade afegã

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu, nesta terça-feira (27), que o Talibã revogue imediatamente a série de medidas restritivas imposta contra mulheres e meninas no Afeganistão. Segundo ele, todos os direitos femininos devem ser respeitados para que o grupo possa ser ouvido e contribuir com a sociedade.

“Nenhum país pode se desenvolver – na verdade, sobreviver – social e economicamente com metade de sua população excluída. Essas restrições insondáveis impostas a mulheres e meninas não só aumentarão o sofrimento de todos os afegãos, mas, temo, representarão um risco além das fronteiras do Afeganistão”, disse Türk.

Ele criticou, em especial, a última medida anunciada pelo Talibã, que proibiu o envolvimento de mulheres em trabalhos de ajuda humanitária. Tal decisão, movida pelo código de vestimenta islâmico, já resultou na suspensão das atividade de três organizações internacionais, impactando ao menos metade da população.

“A proibição prejudicará significativamente, se não destruirá, a capacidade das ONGs de fornecer os serviços essenciais dos quais tantos afegãos vulneráveis dependem. É ainda mais angustiante com o Afeganistão nas garras do inverno, quando sabemos que as necessidades aumentam e o trabalho das ONGs é ainda mais crítico”, afirmou.

Outras medidas como a proibição de mulheres em universidades e em postos de trabalho também foram repudiadas pelo alto comissário. Para ele, o aumento das restrições aumentará a vulnerabilidade tanto de mulheres como de meninas à violência sexual e de gênero, bem como à violência doméstica.

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