Afundamento em Maceió: novo tremor é registrado em mina da Braskem
Defesa Civil da capital alagoana mantém alerta máximo, devido ao risco iminente de colapso na região
• Atualizado
A Defesa Civil de Maceió (AL) registrou um tremor de magnitude 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade na mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, na madrugada deste sábado (2). Segundo o último boletim do órgão, divulgado às 9h, o afundamento acumulado da mina é de 1,56cm, em uma média de velocidade de 0,7cm por hora. Em 24h, o terreno se moveu 13cm.
A cidade permanece em alerta máximo, devido ao risco iminente de colapso da mina 18, que está na região do antigo campo do time de futebol CSA (Centro Sportivo Alagoano). A recomendação da Defesa Civil é de que a população não circule pela área desocupada, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
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O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa, reconheceu a situação de emergência em Maceió. O decreto é válido por 180 dias. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, nesta 6ª feira (1°.dez).
O que está acontecendo em Maceió?
O problema, que começou em 2018, já obrigou o deslocamento de mais de 55 mil moradores de pelo menos cinco bairros. Isso porque, parte do subsolo de Maceió foi perfurado pela petroquímica Braskem para a extração de sal-gema, um mineral usado na fabricação de cloro, soda cáustica e bicarbonato de sódio, mas que também serve de componente para a indústria farmacêutica, de higiene e limpeza, de celulose e têxtil, assim como no tratamento de água.
Após o surgimento dos primeiros sinais de colapso do solo, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, apontou que a exploração de sal-gema em uma região onde existiam falhas geológicas provocaram a instabilidade no solo.
A Braskem informou, por meio de nota, que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências” e segue colaborando com as autoridades competentes.
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