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Alerta

Acidentes com peçonhentos aumentam 30% no verão

Em Santa Catarina os casos mais comuns são de acidentes com serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação, Hospital Universitário/UFSC
Foto: Divulgação, Hospital Universitário/UFSC

Animais peçonhentos e seres humanos têm mais problemas no verão. Os casos de acidentes aumentam em média 30% nesta época do ano, com relação aos demais meses. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), que funciona no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), nos meses quentes os animais estão mais ativos, saem de seus abrigos para troca de calor e é também nesse período que ocorre a reprodução, principalmente das serpentes.

Segundo a bióloga Taciana Seemann, do CIATox/SC, apesar deste aumento de um mês para outro, na comparação dos dados de 2019 com 2020 houve queda de 20% no número de casos: foram 5.060 ocorrências em 2019 contra 4.028 em 2020. Esta queda é atribuída à pandemia, já que houve menor número de pessoas circulando no Estado neste ano. Ainda assim, o número de casos com serpentes aumentou em 24%.

Taciana recomenda que as pessoas que sofrem ataques de animais peçonhentos devem lavar o local com água e sabão, mas também é importante que o paciente se mantenha deitado e o mais calmo possível, pois a agitação faz o sangue circular mais rapidamente. É preciso garantir que a vítima esteja hidratada (oferecendo somente água) e procurar serviço médico, de preferência levando uma foto do animal (se não conseguir capturá-lo). De acordo com ela, a gravidade do caso depende de diferentes fatores como as características da vítima e até a dieta do animal. “O importante é agir rápido e procurar socorro imediatamente”, afirma a bióloga.

Em Santa Catarina, os casos mais comuns são de acidentes com serpentes (jararacas e corais), aranhas (aranha marrom e aranha armadeira), além de escorpiões (amarelo e marrom) e lagartas (taturana hemorrágica). De acordo com a especialista do CIATox/SC, algumas atitudes devem ser evitadas: “Não faça torniquetes nem tente sugar o veneno, não corte ou perfure o local da ferida e não coloque folhas, pó de café ou outros contaminantes sobre a picada”, explica.

Além disso, é proibido oferecer bebidas alcoólicas ou dar qualquer medicamento sem a devida autorização à vítima. “O mais importante, em qualquer situação de picada de animais peçonhentos é deslocar a vítima o mais rápido possível para que ela possa receber o soro adequado de acordo com o tipo de peçonha”.

O CIATox/SC é um serviço nacional de referência para o caso de acidentes com animais peçonhentos e de intoxicação. Na prática, uma equipe de profissionais está de prontidão por 24 horas para dar informações específicas em caráter de urgência na área de Toxicologia Clínica aos profissionais de saúde, principalmente médicos da rede hospitalar e ambulatorial. Também há atendimento para a população, em caráter educativo/preventivo, diretamente ou por meio de ligação gratuita pelo telefone 0800 643 5252.

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