47% dos pais não sabe o que os filhos fazem nas redes sociais
Levantamento do Comitê Gestor da Internet alerta para importância do acompanhamento dos jovens na internet
• Atualizado
Uma pesquisa revela que 47% dos pais de crianças e adolescentes não acompanha as atividades dos filhos nas redes sociais. Por outro lado, as plataformas são frequentadas 86% dos brasileiros de 9 a 17 anos.
A coordenadora do estudo, Luísa Dib, avalia os riscos e benefícios de deixar os jovens soltos no mundo virtuais. “[O levantamento] investiga com os responsáveis algumas ações, tanto de verificação quanto de monitoramento e orientação para uso da internet”, diz a especialista.
Por isso, na opinião de quem estuda a relação das crianças e adolescentes com o mundo virtual, é tão importante que os pais acompanhem as atividades deles.
Os especialistas apontam ainda para outro dado preocupante: 42% do público desta faixa etária também não tem mensagens, histórico de navegação e contatos verificados pelos responsáveis.
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“Filhos soltos na internet é como se estivessem soltos na rua, é como se você jogasse o seu filho ali, sem instrução. A criança e o adolescente soltos nessa rua digital, elas estão a mercê de qualquer pessoa, que leva a perigos e danos”, observa a especialista em educação digital, Kelli Angelini.
A analista de sistemas Luciana se esforça para acompanhar os passos da filha de 11 anos, nas redes sociais. “Eu busquei ajuda no colégio e o profissional de TI me orientou o que eu deveria usar, monitorar a caixa de conversa, com quem ela conversava e, mesmo sendo profissional de TI, eu não tinha toda essa orientação”, conta a analista de sistemas, Luciana Ramos de Oliveira.
A filha, Luma, sabe que a vigilância é uma proteção. “Às vezes, me atrapalha. Eu entendo até a minha mãe porque tem muita coisa que assusta na internet, tem muita coisa que não é legal”, conclui a estudante.
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