Uso da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos é aprovado pela Anvisa
Instituto Butantan tentava autorização junto à agência desde janeiro
• Atualizado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (13), a aplicação da vacina CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos de idade. O imunizante já podia ser utilizado na faixa etária a partir de 6 a 17 anos, mas teve a permissão ampliada, após estudos realizados no Espírito Santo mostrarem aumento significativo de anticorpos da covid-19 nas crianças vacinadas, ao mesmo tempo em que não foram registrados efeitos colaterais graves. O resultado representou uma relação benefício-risco favorável à CoronaVac.
As pesquisas que embasaram a decisão da Anvisa fazem parte do Projeto Curumim, realizado por pesquisadores do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes/Ebserh) com apoio da Fiocruz/Insituto René Rachou, do Instituto Butantan e da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). A iniciativa é um estudo da eficácia, da imunogenicidade e da segurança da Coronavac. Na pesquisa, 30% das crianças e adolescentes receberam a vacina pediátrica da Pfizer, para efeito de comparação.
A CoronaVac é fabricada no Brasil pelo Instituto Butantã, que conseguiu a liberação para uso emergencial no país junto à Anvisa desde janeiro de 2021, para adultos a partir de 18 anos. A aplicação em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos foi autorizada um ano depois, em janeiro de 2022. Na ocasião, o instituto já havia tentado a liberação a partir dos 3 anos, que acabou negada devido à inexistência de dados suficientes sobre a imunização na faixa etária.
Em todo o país, a imunização contra o novo coronavírus em crianças pode ser feita para quem tem 5 a 11 anos. No entanto, por determinação inicial da Anvisa, somente a vacina da Pfizer estava sendo aplicada para o público de 5 anos de idade.
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