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medidas de prevenção

SC lança nota de alerta sobre a nova variante de preocupação Ômicron

Entre as principais orientações está a organização de estratégias de preparação e resposta frente a uma possível nova onda de casos

• Atualizado

Redação

Por Redação

Fotos: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM
Fotos: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM

A Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), lançou nessa terça-feira (30), uma nota de alerta para o fortalecimento das medidas de prevenção diante da nova variante de preocupação Ômicron do coronavírus no mundo.

A nota traz uma série de medidas que devem ser adotadas pelas equipes de vigilância sanitária e epidemiológica, serviços de saúde e população em geral. Entre as principais orientações está a organização de estratégias de preparação e resposta frente a uma possível nova onda de casos e intensificação de vacinação. E para a população em geral, o alerta é para manter as medidas de prevenção como uso de máscaras, evitando aglomerações e ambientes com pouca ventilação e lavagem das mãos, além de buscar finalizar o esquema vacinal.

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De acordo com o Superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, independentemente do tipo de variante do coronavírus, recomenda-se a adesão da população à vacinação contra a Covid-19. “É importante que todos compreendam o risco que a transmissão do coronavírus causa. Felizmente, as vacinas são eficazes e protegem contra as formas graves da doença. Portanto, compareçam aos locais de vacinação, principalmente os idosos que devem completar o esquema vacinal e tomar a dose de reforço. Lembrando que apenas com o esquema vacinal concluído a imunização tem o seu efeito, e as pessoas estarão protegidas”, afirma Macário.

Vigilância Genômica

Em Santa Catarina, a vigilância de vírus respiratórios é realizada desde 2000 por meio da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), articulada entre as Vigilâncias Epidemiológicas e o Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN/SC, em parceria com o Ministério da Saúde (MS).

A partir de 2009, com a pandemia da Influenza A H1N1pdm09, foi intensificada a vigilância genômica do vírus influenza, cujos dados nortearam as ações em saúde pública, bem como o desenvolvimento de vacinas e protocolos para diagnóstico. Além do Influenza, há monitoramento de outros vírus de transmissão respiratória de importância na saúde pública.

Nos últimos doze meses de pandemia a Vigilância Genômica no estado é formada pelo Laboratório de Referência em Sequenciamento Genômico – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), responsável por 78% das análises, e por laboratórios parceiros, como o laboratório de Bioinformática da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Ezequiel Dias (FUNED) em Minas Gerais, responsáveis por 21% e 5% das amostras, respectivamente.

Totalizando mais de 1.600 amostras com resultado detectável para SARS-CoV-2 enviadas para a realização do sequenciamento genético. Até o momento, aproximadamente 1.500 amostras foram sequenciadas. Periodicamente, a SES, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, divulga boletim de vigilância genômica.

SARS-CoV-2, assim como os outros vírus circulantes, sofre mutações esperadas, e, com a finalidade de avaliar a caracterização genômica viral, é realizada a seleção de amostras de pacientes com confirmação da COVID-19 pelo LACEN/SC para monitoramento genômico. A triagem amostral é realizada pelo LACEN/SC em conjunto com a área técnica responsável pela vigilância da COVID-19 na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), para posterior encaminhamento do material tecnicamente viável para os Laboratórios de Referência em sequenciamento genômico.

O Ministério da Saúde estabeleceu como referência para Santa Catarina o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo (LVRS) do Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ no Rio de Janeiro que é Referência Nacional para Coronavírus do Ministério da Saúde e Regional para Organização Mundial de Saúde.

As amostras enviadas para monitoramento genômico seguem alguns critérios específicos: amostras que apresentaram RT-qPCR positivo com carga viral alta; pacientes que evoluíram para óbito; amostras de pacientes com sintomas graves; amostras de pacientes com sintomas leves; amostras de pacientes de área de fronteira com outros países. A seleção é realizada observando a distribuição geográfica, de maneira abrangente, para a vigilância genômica de todo o estado de SC.

Além do monitoramento de rotina, são enviadas para Laboratórios de Referência, amostras de casos suspeitos de reinfecção, amostras com resultado inconclusivo, amostras de interesse epidemiológico, como as de pacientes provenientes de locais com circulação comunitária de variantes de preocupação (VOC, do inglês, variant of concern) e seus contatos, amostras de pacientes com manifestações atípicas da doença ou em agregados de casos com alta taxa de transmissão.

“É importante destacar que o sequenciamento genético não é um método de diagnóstico e não é realizado para a rotina da confirmação laboratorial de casos suspeitos da COVID-19, tampouco é indicado para ser feito para 100% dos casos positivos, contudo a análise do seu resultado permite quantificar e qualificar a diversidade genética viral circulante”, informou a DIVE.

Para a saúde pública, o sequenciamento genético do vírus SARS-CoV-2, aliado a outros estudos, possibilita sugerir se as mutações identificadas podem influenciar potencialmente na patogenicidade, transmissibilidade, além de direcionar medidas terapêuticas, diagnósticas ou ainda contribuir no entendimento da resposta vacinal. Sendo assim, todas essas informações contribuem para as ações de resposta da pandemia.

A Vigilância Genômica também tem como finalidade a identificação e monitoramento da circulação dos vírus respiratórios, bem como as mutações e aparecimento de variantes, como a variante denominada Ômicron, linhagem B.1.1.529, identificada recentemente na África do Sul. Até a semana epidemiológica 48, Santa Catarina tem 1.561 sequenciamentos realizados, destacando-se 640 Gama (P1) e 517 Delta.

Ampliação da rede de vigilância

A Portaria SES nº 1173, de 22/10/2021, instituiu a Rede de Vigilância Genômica do vírus SARS-CoV-2 no Estado de Santa Catarina, que conta com uma rede de laboratórios parceiros que serão autorizados e convidados pela SES, e terá como finalidade monitorar a diversidade e evolução viral do SARS-CoV-2, permitindo a melhor compreensão sobre a origem de surtos, epidemias e seus padrões de transmissão, a fim de estimar a ocorrência de eventos futuros, contribuindo para o aprimoramento da capacidade de detecção, monitoramento e resposta à emergência em saúde pública do SARS-Cov-2 e para a tomada de decisão mais eficiente no território catarinense.

A partir da ampliação da Rede de Vigilância Genômica, o Estado de Santa Catarina repassou R$1,5 milhão para a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do estado de Santa Catarina (FAPESC) de forma a ampliar o projeto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na vigilância genômica do vírus SARS-CoV-2. Esta parceria prevê o sequenciamento de 2.400 amostras ao final de 10 meses.

Ministério da Saúde doa equipamento para sequenciamento genético a Santa Catarina
Em novembro de 2021, a SES/SC, por meio do LACEN/SC, recebeu do Ministério da Saúde uma plataforma de sequenciamento de DNA (Sistema MiSeq – Illumina), que utiliza tecnologia de nova geração (NGS). Esta plataforma é utilizada em mais de 90% dos dados de sequenciamento no mundo.

Além do equipamento para o NGS, o LACEN recebeu toda a infraestrutura necessária (equipamentos e insumos) utilizados em todas as etapas do processo. Também recebeu um aporte de computadores para a implantação do núcleo de Bioinformática.

Com estes equipamentos, o LACEN/SC inicia a participação na Rede Genômica Nacional e irá ampliar a vigilância para nosso Estado em pelo menos 30% em relação ao último ano, passando a realizar o sequenciamento de 100% da demanda estadual.

Esta infraestrutura será utilizada também para a vigilância genômica de outros agentes emergentes, esclarecimento de surtos (dengue, febre amarela, chikungunya, zika, outros vírus de interesse), na identificação de genes de resistência bacteriana, no monitoramento dos agentes infecciosos imunopreviníveis para auxiliar a tomada de decisão da aquisição de vacinas para o Estado de SC.

Clique aqui e veja a leia a nota de alerta.

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