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Nova variante

Primeiro caso da variante XG da covid é identificada no Brasil

Infecção foi relatada em uma moradora de São Paulo de 59 anos; cepa não representa alerta

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Gerd Altmann/Pixabay
Foto: Gerd Altmann/Pixabay

O Instituto Butantan informou, nesta terça-feira (17), que uma nova variante recombinante da covid-19 foi identificada no sudeste do país. Trata-se da cepa XG, resultado da combinação entre as linhagens BA.1 e BA.2 da variante ômicron – a mesma combinação da cepa XE, mas com mutações diferentes. 

Segundo a entidade, a variante foi encontrada em amostras coletadas de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro da Penha, na cidade de São Paulo. Apesar de ainda não haver informações sobre os sintomas, histórico de viagem e esquema vacinal da paciente, os pesquisadores informaram que não há motivos para preocupação.

“Todas as variantes recombinantes ainda necessitam de mais atenção nesta questão de disseminação. Há no mundo apenas 205 sequências da XG e isso é pouco em relação à população mundial e ao número de variantes que estão circulando”, explica Gabriela Ribeiro, bioinformata da Rede de Alerta de Variantes do Instituto Butantan. 

Ela ressalta ainda que as variantes recombinantes estão mais prevalentes em países europeus, sendo que a maioria dos casos de infecção pela XG vem da Dinamarca. No Brasil, o vírus é a terceira variante recombinante encontrada em um período de dois meses.

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Em março, o Instituto identificou o primeiro caso da variante XE no Brasil, em um homem de 39 anos, morador de São Paulo e com esquema vacinal completo. Um mês depois, em abril, a rede encontrou a XQ, que surgiu a partir da mistura da sublinhagem BA.1.1 e linhagem BA.2, em amostras de um casal sem esquema vacinal completo, também na cidade de São Paulo. 

O que são as variantes recombinantes?

Quando uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens e sublinhagens ocorre, a cepa resultante é chamada de variante recombinante. Para que isso aconteça, é necessário que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens ao mesmo tempo e que o evento de recombinação ocorra, algo mais difícil de acontecer, mas que se torna possível diante da alta circulação de variantes da covid-19.

Por definição, a recombinante também é uma variante, já que a recombinação é um tipo de mutação. Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, sobretudo na Europa, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome, como XD, XE e XQ. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais popularmente conhecida como deltacron, seguindo em ordem alfabética até XW.

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