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Ações

MPSC realiza reunião com hospitais privados para tratar do desabastecimento de insumos na Capital

Considerando a situação de esgotamento dos recursos, beirando a impossibilidade de continuidade da oferta de serviços, os gestores dos hospitais pedem uma atuação conjunta e articulada de todos os setores.

• Atualizado

Redação

Por Redação

imagem ilustrativa. Foto: Pixabay
imagem ilustrativa. Foto: Pixabay

Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a coordenação do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) se reuniram, na manhã desta terça-feira (23), com diretores dos Hospitais Privados Credenciados da Rede Unimed da Grande Florianópolis para tratar da iminente falta de medicamentos para pacientes covid-19 também no sistema privado de saúde. O encontro ocorreu por videoconferência.

Durante a reunião, os diretores do Hospital Unimed, Hospital Baía Sul, Hospital SOS Cárdio e Imperial Hospital de Caridade e representantes dos Conselhos Regional e Federal de Medicina ressaltaram que, apesar de ativarem todos os seus planos de contingência, inclusive alguns que nunca imaginaram que seria necessário, estão há 5 semanas sob forte pressão de pacientes graves.

Disseram, ainda, que há cerca de 10 dias chegaram ao limite de suas estruturas, sem possibilidade de qualquer nova ampliação de leitos, conexões com oxigênio, ativação de equipamentos, entre outras medidas. Garantiram que da “porta para dentro” dos hospitais fizeram tudo o que lhes era possível, porém temem pela falta de capacidade de manutenção do abastecimento pelos fornecedores de medicamentos que compõe o Kit Intubação e gases medicinais.

Medidas

O Promotor de Justiça Luciano Naschenweng e o Coordenador do CDH, Promotor de Justiça Douglas Martins, explicaram todas as medidas judiciais e extrajudiciais que o MPSC, como órgão de controle e de fiscalização, vem adotando desde o ano passado para garantir que o Executivo Estadual, responsável pela política pública de enfrentamento à pandemia, mantenha o controle e o abastecimento dos insumos essenciais para tratamento dos pacientes da rede pública com covid-19.

A medida mais recente é desta segunda-feira (22). O governo estadual precisa apresentar até amanhã, em juízo, todas as providências concretas que estão sendo adotadas para garantir a regular distribuição dos medicamentos utilizados para covid-19, quantidades disponíveis, possibilidade de substituição e dosagem utilizada. A ação judicial, porém, é de julho do ano passado, cuja liminar está em vigor e foi utilizada agora novamente para acionar o Estado.

O Promotor de Justiça Luciano Naschenweng também explicou que oficiou recentemente duas outras empresas, a Messes e a Air Liquide, além da White Martins acerca do fornecimento de oxigênio. A White Martins já informou que tem capacidade para suportar o aumento da demanda. O Conselheiro do CFM informou, também,  que o Conselho  Federal está realizando controle diário da disponibilidade de O2 no país, porém a situação é bastante complexa, uma vez que se observou em alguns Estados que triplicaram e até quadruplicaram o consumo. Segundo ele, Santa Catarina não estaria entre os Estados que geram maior preocupação de desabastecimento de oxigênio.

Diálogo Permanente

Além do relato das ações realizadas até o momento pelo Ministério Público, ficou acordado na reunião que Hospitais e Ministério Público seguiriam em diálogo permanente para identificar os problemas no desabastecimento que possam ter a intervenção imediata.  Nesta quarta-feira,  o Promotor de Justiça Luciano Naschenweng e o Coordenador do CDH vão se reunir  com os técnicos de logística dos hospitais para tentar compreender melhor as dificuldades e verificar se há mais alguma medida judicial ou extrajudicial possível a ser adotada no atual cenário de colapso do sistema de saúde.

Os gestores hospitalares buscarão contatos com o Gabinete de crise do Governo estadual e a Comissão de Saúde na ALESC para informar as mesmas preocupações, considerando que diante de uma situação de esgotamento dos recursos, beirando a impossibilidade de continuidade da oferta de serviços por ausência de mão de obra, estrutura e insumos, é necessária uma atuação conjunta e articulada de todos os setores, em especial para que se reduza a pressão sobre o sistema de saúde. Em qualquer cenário que apresenta múltiplas escolhas possíveis para efetivação da política pública impõe-se a adoção daquela que represente menores riscos para a saúde coletiva.

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