Estou vacinado e agora? Estou imunizado contra a variante Delta?
A variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China.
• Atualizado
A morte do ator Tarcísio Meira, ocorrida nessa na quarta-feira, vítima de Covid-19, levantou debates e dúvidas nas redes sociais sobre a eficácia das vacinas. Aos 85 anos, o ator estava vacinado com as duas doses da vacina.
O que é a Variante Delta?
A variante Delta, originalmente conhecida como B.1.617.2, existe desde o final do ano passado, apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesses últimos meses tornou-se rapidamente dominante em muitos países. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) a variante Delta é responsável por mais de 80% dos casos recém-diagnosticados nos Estados Unidos.
Números de casos da Variante Delta em Santa Catarina
A Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou mais 25 casos da variante Delta do coronavírus em Santa Catarina pelo Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e do Ceará.
Logo, até o momento, o Estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios. Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado) e 25 em investigação sobre o local provável de infecção.
Estudos divulgados em julho deste ano pelos pesquisadores ligados a OMS e ao Imperial College de Londres alertam que a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China. Sendo assim, é ainda mais preocupante do que as variantes surgidas no Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).
Por que ainda existem algumas pessoas adoecendo ou sendo hospitalizadas mesmo após duas doses da vacina contra a COVID-19?
De acordo com especialistas e microbiologistas, nenhuma vacina contra a COVID-19 é 100% eficaz, porém não estou dizendo aqui que elas são ineficazes, pelo contrário, já é comprovado que a vacinação reduziu drasticamente os riscos de casos graves e óbitos pela doença.
Os médicos alertam que se deve considerar a individualidade de cada pessoa, o sistema imunológico e o histórico de saúde, pois influenciam na eficácia da vacina contra a Covid-19. O próprio envelhecimento faz com que se tenha uma resposta diferente na produção de anticorpos. Isso, no entanto, não menospreza a importância da vacinação. Por exemplo, na cidade de Serrana (SP), a vacinação de toda a população adulta com a CoronavVac derrubou as internações em 86% e as mortes em 95% após a administração da segunda dose. O mesmo experimento foi realizado em Botucatu (SP), com a vacina AstraZeneca, reduzindo as internações em 75% e as mortes em 39% após a primeira dose. A segunda dose começou a ser aplicada no dia 8 de agosto.
Segundo uma pesquisa da plataforma Info Tracker, comandada pela USP e pela Unesp, apenas 3,7% dos óbitos por Covid-19 registrados em 2021 no país são de pessoas com esquema vacinal completo: duas doses de Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer, ou dose única no caso da Janssen.
A porcentagem de óbitos entre imunizados registrou cerca de 9 mil pessoas, entre os quais os idosos com mais de 70 anos prevalece. E os vacinados apenas com a primeira dose da vacina, o número sobe para 22 mil. Os dados foram monitorados entre 28 de fevereiro e 27 de julho, com base em informações do ministério da Saúde.
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Estudos sugerem menos eficácia das vacinas contra a variante Delta
As investigações acerca dos imunizantes estão ocorrendo e são ainda preliminares, porém sugerem um efeito significativo na eficácia das vacinas contra as infecções provocadas pela a COVID-19. Todavia, esses mesmos estudos também afirmam que a eficácia contra os casos mais graves e óbitos continuam altas, principalmente após a segunda dose.
Se liga aí
Você que já está vacinado com as duas doses ou dose única não entenda o fato de estar vacinado como um ‘’passe livre’’, continue se cuidando e seguindo os protocolos de segurança: usando máscara, higienizando as mãos, mantendo o distanciamento e evitando as aglomerações.
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