Paulinha aponta futuro do Podemos e defende reserva de vagas para mulheres nas eleições
Para a deputada, é preciso ir além da cota de gênero e garantir vagas também para mulheres eleitas, não apenas candidatas
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Ex-prefeita de Bombinhas por dois mandatos, a deputada estadual Paulinha é uma das três mulheres da atual legislatura no parlamento catarinense. No ano passado, assumiu a presidência estadual do Podemos com o compromisso de ampliar a representação da sigla em âmbito estadual e preparar a legenda para as eleições de 2026.
Em entrevista ao SCC Meio-Dia, Paulinha comentou sobre o futuro da sigla no estado, afirmando que a legenda está focada na formação de uma nominata forte para as eleições proporcionais e destacou o resultado da última eleição municipal como alicerce para o próximo ano.
“Nós crescemos muito da última eleição para essa. Tínhamos três vices e elegemos 15, tínhamos um prefeito e elegemos três. De 53 vereadores, passamos para 90”, pontuou.
Sobre o cenário nacional, a deputada mencionou que o partido discute uma possível incorporação com o PSDB, o que pode impactar projetos eleitorais em Santa Catarina. Ela também revelou que avalia disputar uma vaga para deputada federal em 2026, buscando ampliar a presença feminina na política.
“Hoje o nosso passo é discutir uma candidatura federal justamente para dar oportunidade para novas mulheres também ocuparem esse espaço”, concluiu.
Antes de assumir o Podemos, Paulinha estava na lista das possíveis filiações ao PSD. No Podemos, a deputada terá a missão de garantir uma nominata consistente que permita pelo menos uma vaga na Câmara dos Deputados. O compromisso do comando nacional é de dar suporte para que Santa Catarina tenha estrutura para buscar a representação.
Segundo a deputada, diversos nomes já estão sendo sondados e convidados a integrar o projeto.
Deputada defende reserva de vagas para mulheres nas eleições
Desde a implementação da cota de gênero em 2009, que exige que partidos preencham no mínimo 30% das candidaturas com mulheres, a participação feminina nas eleições aumentou, mas ainda está longe do ideal. Para a deputada, é preciso ir além e garantir vagas para mulheres eleitas, e não apenas candidatas.
Durante a entrevista, Paulinha destacou que a experiência internacional demonstra que o caminho mais eficiente para ampliar a representatividade feminina no parlamento é a adoção de cotas para eleitas. “Todos os países que a gente conhece, essa cultura do avanço, da evolução da mulher na política, tiveram um resultado mais efetivo quando o número de vagas do parlamento em algum percentual foi reservado para eleitas”, afirmou.
Atualmente, o Brasil tem um dos menores percentuais de mulheres no Legislativo. Na última eleição geral, 91 deputadas federais foram eleitas, um avanço de 18% em relação a 2018, mas ainda abaixo da média mundial de 25%. A expectativa agora está na tramitação do novo Código Eleitoral no Senado, que prevê a reserva de 20% das cadeiras legislativas para mulheres. A medida valeria para Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. O projeto, que tramita há três anos, pode ser votado ainda este ano.
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