Maria Ester

Jornalista, apresentadora do SBT Meio-dia e especialista em Gestão de Comunicação.


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Maria Ester

Se a gente sofre com as altas temperaturas, imagina eles…

Os animais não possuem um sistema de perda de calor tão eficiente, por isso é preciso atenção.

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Foto: Divulgação
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Nos últimos dias têm feito muito calor em Santa Catarina. Todas as regiões com temperaturas máximas em torno dos 30 graus. Esse calorão todo pode ser bastante desconfortável, né? E se causa, muitas vezes, indisposição em nós humanos, nos animais a atenção deve ser ainda maior, porque eles não possuem glândulas sudoríparas – as responsáveis pela transpiração, ou seja, não têm um sistema de perda de calor tão eficiente.

Para evitar que o seu bichinho sofra em dias muito quentes, o médico veterinário Eduardo Alexandre de Oliveira recomenda uma série de cuidados para os tutores:

1 – Atenção com a hipertermia

​Com o aumento da temperatura corporal, ocorre também o aumento da frequência respiratória e da taxa metabólica. Os primeiros sinais da hipertermia são a língua para fora e respiração ofegante, por isso a importância de ficar atento quando esses sinais aparecerem. “Caso a temperatura não seja controlada, o animal pode apresentar ritmo cardíaco e respiratório elevado, salivação excessiva, apatia, vômitos, andar cambaleante, tremor muscular, fraqueza e até confusão mental”, explica.

O médico alerta que se a situação não for controlada, o animal pode vir a óbito. Em qualquer sinal de hipertermia, é sugerido consultar um médico veterinário.

2 – Mantenha a hidratação 

É essencial que o pet esteja sempre hidratado, pois isso ajuda no equilíbrio térmico. O médico aconselha que os tutores deixem disponível água fresca e limpa em abundância em vários pontos da casa, sempre na sombra e no abrigo de chuvas. “Sugere-se trocar a água do recipiente no mínimo duas vezes por dia e fornecer água potável (preferencialmente filtrada). Uma sugestão para aumentar o consumo de água é colocar pedras de gelo no pote de água ou oferecer o gelo para o cão”, salienta.

3 – Evite queimaduras 

​Nessa época, casos de queimaduras em cães são bem comuns, principalmente nos coxins ou na pele. Os coxins, mais conhecidos como “almofadas”, ficam embaixo das patas dos pets e têm a função de realizar a transpiração e amortecer impactos. 

“No verão é comum a queimadura dos coxins após o contato dos membros do cão com superfícies quentes, como calçadas, asfalto e areia. A melhor forma para evitar essas lesões é conferir se a superfície que o cão está caminhando está em uma temperatura amena. As queimaduras por exposição ao sol também são comuns e, para evitá-las, é necessário evitar os passeios nos horários mais quentes do dia”, reforça. 

4 – Cuide da alimentação

​Como forma de refrescar e amenizar os impactos do calor excessivo, é possível fornecer alimentos refrigerados aos cães, como ração úmida e algumas frutas. Conforme indicação de Eduardo, antes de alterar a alimentação do animal, é importante consultar um veterinário para que ele indique as melhores alternativas. 

O médico chama a atenção para medidas importantes que previnem o mal estar do cão, como passear antes das 10h e depois das 17h, evitando a grande exposição ao sol e conferindo sempre se o chão não está muito quente; manter os ambientes arejados; não fazer exercícios físicos em excesso e jamais deixá-lo sozinho no carro, pois o interior do veículo aquece rapidamente.

Eduardo também fala de outro ponto necessário na hora de dar banho: “não esqueça de secá-lo corretamente! A associação entre calor e umidade predispõe o crescimento de microrganismos na pele”.  Por isso, é preciso manter tosa e escovação em dia para que doenças parasitárias não se propaguem.

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