Única garantia para o Porto de Itajaí é a de que o assunto chegue a Lula
Futuro da unidade, uma das mais rentáveis do país, está nas mãos do governo federal
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A discussão sobre as opções do governo federal para resolver a questão da delegação da Autoridade Portuária no Porto de Itajaí era para ter ocorrido na última terça-feira (10), em Brasília, mas a cirurgia de emergência a que foi submetido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia anterior, adiou a conversa que interessa aos catarinenses. Na visita a Joinville, para a entrega das obras de melhoria do Aeroporto de Joinville, o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) assegurou, ao lado do governador Jorginho Mello (PL), que a conversa deve ser retomada na semana que vem, com o ministro Rui Costa (Casa Civil), mesmo que Lula ainda não tenha retornado ao Palácio do Planalto.
O problema está nas opções desenhadas pelo ministério que não garantem a delegação do Porto à prefeitura de Itajaí, o modelo que interessa à economia catarinense, mas apontam para a federalização ou à outorga da Autoridade Portuária a Santos, como ocorreu até 1995. O fantasma da federalização preocupa, tanto que Jorginho disse, de pronto, na presença de Silvio Costa que a situação ideal é a de manter o Porto sob a administração da prefeitura.
Entidades empresariais de todo o Estado elaboraram um documento em que pedem ao governo federal, leia-se presidente Lula, que a posição da delegação, que se extingue em 31 de dezembro próximo, favorável a Itajaí, prevaleça. O Porto é um dos mais rentáveis do país e a contribuição ao PIB do município é evidente, além de se constituir em um patrimônio catarinense. Já o deputado federal Zé Trovão (PL) aprovou na Comissão de Viação e Transportes da Câmara uma audiência pública para debater a questão da autoridade portuária em Itajaí.
A expectativa também está na posição da bancada federal do PT na Câmara. Até o momento, há um silêncio sobre o assunto, o que igualmente alcança o ex-prefeito e deputado federal Décio Lima, presidente do Sebrae e um dos mais próximos de Lula, sinal de que a questão é delicada e não dá para arriscar um palpite neste momento.
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