Programação de Bolsonaro em SC, nesta terça-feira, prevê almoço com filiados ao PL
Agenda terá visita ao Mercado Público da Capital e ida ao Congresso dos Gideões, em Camboriú
• Atualizado
Se o grande momento da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) junto a apoiadores e simpatizantes será dividido entre a chegada no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, às 11h, e uma visita ao Mercado Público, a partir do meio-dia, um almoço com políticos filiados ao PL será o encontro do presidente de honra do partido com pré-candidatos, prefeitos e o governador Jorginho Mello.
O local deste encontro é tratado sob sigilo e só deve ser divulgado aos convidados na noite desta segunda-feira (22), justamente para evitar muita gente na chegada, confirmou uma fonte consultada pela coluna.
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O encontro com filiados servirá de catapulta para muitos que são pré-candidatos quando garantirem uma foto ou um vídeo, mesmo que rápido. É a segunda vez que Bolsonaro vem ao Estado em um mês, antes esteve no feriadão de Páscoa, em Balneário Camboriú, acompanhado da mulher Michelle. Naquela oportunidade, ele já havia se comprometido em participar do Congresso Internacional de Missões – Gideões, em Camboriú, um evento evangélico bastante tradicional, que está na 39ª edição.
Bolsonaro e SC
No domingo (21), em ato no Rio de Janeiro para milhares de espectadores, Bolsonaro citou duas vezes Santa Catarina em um discurso de quase 40 minutos. Na primeira oportunidade, citou o governador Jorginho Mello (PL), presente ao evento, ao qual chamou de combatente e disse que, como senador, apresentou “grandes projetos pelo emprego”; e, na segunda, ao se referir a uma pessoa “de 20 e poucos anos de idade”, ouviu da jovem, em recente visita ao Estado, que ela acabara de ser condenada a 15 anos de cadeia, por ter participado dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Bolsonaro pediu, mais um a vez, anistia aos detidos pelos atos em Brasília. Mas ponderou que nem todos devem ser responsabilizados “porque alguns erraram ao invadir e depredar o patrimônio (das sedes dos poderes), como se fossem terroristas e golpistas”. Bolsonaro, ex-ministros e militares são investigados por suposta tentativa de golpe de Estado.
Dário afirma que ser do PSD é um problema para o ex-presidente
O ex-prefeito e senador Dário Berger (PSDB), pré-candidato à prefeitura da Capital, fez um disparo direto contra o prefeito Topázio Neto (PSD), adversário na disputa na Capital, ao comentar que é difícil ver Jair Bolsonaro junto com os pessedistas, durante entrevista à Jovem Pan News, nesta segunda-feira (22). “Eu estava em Brasília e a CPMI dos Atos do Dia 08 de Janeiro aprovou o indiciamento do presidente (Bolsonaro) por 16 a 15, e o resultado seria diferente se o PSD tivesse votado contra, só que a relatora, senadora Eliziane Gama, do Maranhão, era do partido!”
Eliziane pediu o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares, cinco ex-ministros e seis ex-auxiliares de Bolsonaro, com o respaldo do presidente nacional da sigla, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, alvo da ira do ex-presidente da República. Foi Kassab quem fez Bolsonaro declarar que não quer conversa com o PSD, exceção quebrada com João Rodrigues, em Chapecó, ou com Topázio Neto, em Florianópolis, depois que o governador Jorginho
Pontos de discordância com os bolsonaristas
Sobre a relação com a administração de Bolsonaro, Dário disse que votou muitas vezes com o governo, mas que isso não quer dizer que concorde com todas as propostas da direita. Remanescente do PFL, que trocou pelo tucanato em 2004, depois de uma passar 15 anos no MDB, e disputar a reeleição por uma sigla de esquerda, o PSB, em 2022, Dário criticou pontos como as campanhas e fake news contra a vacinação, encampadas pelos bolsonaristas, ao lembrar que graças ao saneamento básico e à imunização a população deu um salto na qualidade de vida.
“É um absurdo que as pessoas não queiram vacinar seus filhos. Faço um apelo para quem cumpram o calendário (de imunização)”, declarou Dário, quando lembrou que é inadmissível vitórias consolidadas como a erradicação da poliomielite no país esteja comprometida em função da queda nos índices de vacinação. Ainda na área política, Dário está disposto a bater dados com Topázio: falou de obras como os elevados, UPAs e as mais de 500 ruas pavimentadas. Está afiado para a disputa.
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