Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Apoiador de Bolsonaro

Saiba porque Silvinei Vasques se tornou alvo de investigação no STF

Ex-superintendente-geral da PRF é suspeito de usar a corporação para beneficiar Jair Bolsonaro

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Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

Primeiro integrante do governo Bolsonaro a ser ouvido na CPI dos atos de 8 de janeiro, o paranaense de Ivaiporã Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi preso em Florianópolis, na manhã desta quarta-feira (9). Ele foi preso por determinação do Supremo Tribunal Federal, na Operação Constituição Cidadã, deflagrada pela Polícia Federal.

Silvinei é investigado por supostamente articular e executar um plano para interferir no segundo turno das eleições presidenciais com ações para dificultar o trânsito de eleitores em rodovias nos estados do Nordeste, dia 30 de outubro do ano passado. Pesa contra ele ter usado as redes sociais pessoais para pedir voto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia do pleito, o que é vedado a servidores públicos.

Silvinei, que deverá ser levado para Brasília, está em uma lista da PF que cumpre também 10 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. O ex-diretor-geral da PRF sempre negou que houve uma ação para atrapalhar o trânsito no dia da eleição e assegura que isso seria impossível no país. Ele justifica que há “policiais rodoviários federais que votam em Lula”, e acrescentou que nada disso poderia ocorrer sem mensagens trocadas “por WhatsApp, Telegram, sem um e-mail enviado”.

Para a PF, o plano para desviar efetivos para as rodovias do Nordeste teria sido planejado no início de outubro de 2022, tanto que a operação deflagrada nesta quarta-feira (9) ainda ouvirá outros 47 policiais rodoviários federais. Outra acusação feita contra o ex-diretor-geral da PRF é a de que ele seria um dos responsáveis pela omissão da corporação em atuar na liberação de rodovias um mês após a eleição, quando eleitores mais radicais do ex-presidente fecharam acessos e provocaram engarrafamentos.

Silvinei tem estreita relação com Bolsonaro e com Santa Catarina, chegou a ser secretário municipal de de Segurança Pública em São José (2007-2008), na Grande Florianópolis, e teve o nome cotado para ser o titular da pasta no governo de Jorginho Mello (PL), fato que não se concretizou. E foi superintendente da PRF em Santa Catarina.

Intenção de permanecer em SC

Silvinei Vasques se aposentou no final de 2022 e a intenção sempre foi permanecer em Santa Catarina, onde não só teria oportunidades profissionais como o apoio dos bolsonaristas. Até mesmo na formação acadêmica, o ex-diretor da PRF mostra que é estabelecido em Santa Catarina, pois graduou-se em Ciências Econômicas pela UFSC, também em Direito pela Univali, em Segurança Pública pela Unisul e em Administração pela Udesc.

Silvinei teve um crescimento na carreira durante o governo Bolsonaro, embora sua história na Polícia Rodoviária Federal, na qual iniciou em 1995, seja avaliada como de sucesso.

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