Polícia Civil do DF investiga Jair Renan por suposta falsificação
Filho 04 do ex-presidente deve concorrer a vereador, em Balneário Camboriú
• Atualizado
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga se Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e um ex-assessor, o instrutor de tiro Maciel Carvalho, usaram um documento com informações falsas de faturamento de sua empresa para obter um empréstimo bancário que não foi pago. As informações são do jornal O Globo e as suspeitas recaem sobre uma declaração de que a referida empresa, Bolsonaro JR Eventos e Mídia, teria faturado R$ 4,6 milhões, entre julho de 2021 e julho de 2022, quando ainda estava em nome de Jair Renan.
Considerado o elo mais vulnerável entre os quatro filhos homens do ex-presidente, Jair Renan não tem mandato eletivo, o que não o protege de eventuais ataques. Uma suposta assinatura dele foi encontrada em um documento da empresa, apreendido na casa de Carvalho, durante operação da Polícia Civil do DF. A assinatura foi submetida a uma perícia para verificação de autenticidade.
A Bolsonaro JR Eventos e Mídia, aberta em 2020, atuava no fornecimento de “serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas”, e consta hoje como encerrada no cadastro da Receita Federal. A Polícia Civil do DF investiga se a mudança de propriedade, feita por doação, dias antes de Jair Renan assumir um cargo comissionado no escritório do senador Jorge Seif (PL), em Balneário Camboriú, em março passado, não serviu para fins ilícitos. O nome de Jair Renan é mapeado para disputar as eleições a vereador, em 2024, na cidade catarinense.
Impedimento legal apressou a transferência
Jair Renan transferiu a sua empresa para Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, empresário do ramo de tiro esportivo, pois não poderia assumir o cargo público se tivesse ainda a propriedade da Bolsonaro JR Eventos e Mídia, argumenta a defesa do filho do ex-presidente. O advogado Admar Gonzaga, que representa Jair Renan, informou que não vai se manifestar sobre as investigações porque ainda não teve acesso à íntegra do processo. A defesa de Maciel Carvalho não foi localizada.
Para checar os fatos, a Polícia Civil pediu à 5ª Vara Criminal de Brasília a quebra de sigilo fiscal e bancário da empresa para descobrir se a firma realmente teve os ganhos declarados ou se as informações de faturamento foram infladas. Outro motivo, em investigação, é se o formato de doação ocorreu para evitar o pagamento de impostos, cobrados, por exemplo, no caso de compra e venda.
Pedrinho Villard, advogado de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, afirmou que seu cliente “desconhecia o empréstimo, porque a transferência da empresa não foi algo planejado e, sim, de supetão, para que Jair Renan assumisse o cargo de assessor em Balneário Camboriú”.
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