Mudança na Agricultura de Jorginho subiu no telhado com o receio de Lunelli
Deputado do MDB não quer ficar sem autonomia e espaço para atuar na pasta
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Internamente ainda não é oficial, mas o deputado Antídio Lunelli (MDB) já avisou que do jeito que está a oferta para ele assumir a Secretaria da Agricultura e Pecuária na administração de Jorginho Mello (PL), ele não aceita mais. Lunelli teme que se repita a situação do também deputado emedebista Jerry Comper, titular da Infraestrutura e Mobilidade, que não tem qualquer autonomia na pasta, tampouco espaço para indicações de cargos, com a forte presença do adjunto Ricardo Grando.
Na prática, Lunelli sabe que haveria um preposto de Jorginho ao seu lado e que as portas estariam fechadas para qualquer medida além do que o governador decidir. Com tanto engessamento, o parlamentar não abriria mão da tranquila missão de deputado estadual, onde é dono de seu nariz e pode exercer plenamente a atividade política.
Dentro do MDB, há duas possibilidades para Lunelli assumir a pasta, uma estratégia do governador para atrair um forte aliado com vista à eleição de 2026: ou a bancada emedebista determina a ida do deputado com a entrada definitiva na administração estadual, o que é pouco provável, ou Jorginho garante a autonomia plena nas secretarias dadas à sigla, algo ainda mais difícil de se consolidar.
Não bastasse a relutância de Lunelli, Jorginho ainda não conseguiu destrinchar outro problema em relação aos emedebistas: onde abrigar o presidente estadual do partido, o deputado federal Carlos Chiodini. Recentemente, o governador se reuniu com o deputado e, aparentemente, as ofertas não agradaram. O MDB está sendo MDB, não só em nome da gula por cargos, mas também pela falta de garantias de que os efeitos da aventura de Jerry Comper, que foi sem o aval do partido, não se repitam.
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