Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2022

Ataques não afetaram a polarização entre Bolsonaro e Lula

Presença do candidato à reeleição e ausência o maior adversário não alteraram o eixo da sucessão

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SBT/DIVULGAÇÃO
SBT/DIVULGAÇÃO

A pesada artilharia disparada pelos adversários, no debate do SBT neste sábado (24), não parecem ter potencial para tirar o foco de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, embora o esforço tenha sido neste sentido.

Fruto da polarização, o presente Bolsonaro e o ausente Lula foram as figuras mais atacadas no programa transmitido por um pool formado por SBT, CNN Brasil, Terra, NovaBrasilEstadão/Eldorado e Veja, uma confirmação da situação já aguardada, faltava avaliar a intensidade.

O que era esperado se materializou nos discursos de Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Ávila (Novo), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) que se alternaram em marcar os governos do PT como corruptos e levar o mesmo rótulo à gestão de Bolsonaro que sequer terminou, bem como insistiram em afirmar que o presidente mente.

Os mais diferenciados ataques, levaram Bolsonaro a ter concedidos três dos cinco direitos de resposta que solicitou, onde ele disse que o acusam de corrupção, mas não provam, e repetiu, a todo momento, que criou o Auxílio Brasil de R$ 600 que atende a 21 milhões de famílias e sustentou, mais de uma vez, que a responsabilidade sobre orçamento Secreto é do Congresso – Simone e Soraya negaram a afirmação do candidato-presidente de que elas derrubaram o veto aposto por ele à medida.  

Soraya e Ciro tiveram um cada.

Bolsonaro saiu do debate sem responder nada sobre eventual participação dos filhos em irregularidades, apesar da insistência dos concorrentes.

Petebista foi a exceção e defendeu Bolsonaro

O Padre Kelmon (PTB) agiu com um defensor ferrenho de Bolsonaro, justificou que nunca viu tamanha disparidade, quatro atacando o presidente, elogiado por ele, que ao responder à pergunta da jornalista Clarissa Oliveira, da Veja, que o questionou sobre estar no lugar de Roberto Jefferson, declarou que o ex-deputado e presidente do partido não concorre por conta da Lei da Ficha Limpa, mas Lula, que deveria ser enquadrado, está na disputa.

É também de Kelmon o questionamento sobre o aborto a Simone Tebet, em que a confrontou e disse que a candidata do MDB tem o seu próprio conceito, um feminismo só para ela.

Ausência não poupou disparos contra o candidato petista

Lula foi chamado várias vezes de ex-presidiário e cobrado pelo não comparecimento, na visão dos candidatos para não se explicar sobre as denúncias que cercam os 13 anos do PT no poder.

Em síntese, o afiado Ciro e as boas performances de Simone e Felipe ou a ênfase de Soraya não são suficientes para provocar uma mudança na polarização, tampouco evitaram que Bolsonaro voltasse a criticar a postura da imprensa, mesmo que em tom mais brando do que no debate da Band.

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