Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

Preços das carnes aumentaram, mas longe ainda da valorização dos insumos

Enquanto boi em pé e suíno vivo viram seus preços retrocederem em relação ao mês anterior, o frango obteve valorização

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Foto: Freepik
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Comparativamente ao que foi alcançado no mês passado, maio corrente foi pródigo, apenas, para com o frango vivo. Pois enquanto boi em pé e suíno vivo viram seus preços retrocederem em relação ao mês anterior (queda de 2,49% e de 9,22%, respectivamente, pelos resultados preliminares), o frango obteve valorização de quase 11% e, ao mesmo tempo, alcançou – nominalmente e em valores reais – a melhor cotação de todos os tempos. No mês, a valorização do frango foi superior, até, às obtidas pelo milho (+3,13%) e pelo farelo de soja (+1,90%).

Mas o ganho em relação às duas matérias-primas cessa aí. Pois na média dos cinco primeiros meses de 2021 a valorização do frango, de 50,64%, continua bem aquém da alcançada pelo milho e o farelo de soja, com acréscimos de, respectivamente, 70,82% e 76,72% sobre os mesmos cinco meses de 2020.

Porém, neste caso, quem mais saiu perdendo é o suíno. Pois, na média do ano, obteve valorização de apenas 36,42%, a metade da obtida pelas suas duas matérias-primas básicas. Já o boi em pé, igualmente dependente desses insumos, mas bem menos, fecha maio com valorização mensal (52,43%)ligeiramente superior à do frango vivo.

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A comparação, por fim, entre maio corrente e maio de 2020 deixa a impressão de que o frango vivo obteve valorização excepcional, já que seu preço médio no mês ficou 76,35% acima do registrado há um ano, bem mais que os 55,02% e 47,98% obtidos pelo boi em pé e pelo suíno vivo. Aqui, porém, é fundamental ressaltar que não houve ganho: o preço de um ano atrás é que estava baixo. Aliás, um dos menores da década passada.
Idêntico raciocínio se aplica ao farelo de soja – mas agora, de forma inversa. Seu preço médio, em maio corrente, é “apenas” 47% superior ao de um ano atrás. Mas isso só ocorre porque há um ano o farelo de soja já estava caro. Tanto que a média atual se encontra 120% acima da registrada em maio de 2019.

Nada, porém, se compara ao aumento de preço registrado pelo milho, a despeito das reduções mais recentes. Em um ano, valorização de 95%. Em dois anos, praticamente 180%. Ou quase quatro vezes mais que frango e suíno vivos, cujos preços em maio corrente se encontram menos de 50% acima do que foi registrado em maio de 2019.


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