Melissa Amaral

Mestre e doutoranda pelo PPGEGC/UFSC. Pesquisadora no grupo CoMovI em Empreendedorismo, ESG, Diversidade nas Organizações e Empoderamento da Mulher.


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Um olho no peixe (dia a dia) o outro no gato (futuro)

As empresas precisam estar up to date e ser disruptivas, conectadas com as inovações que acontecem a cada minuto

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Foto: Mit Sloan Review, Reprodução
Foto: Mit Sloan Review, Reprodução

Focar na excelência operacional e estar atento ao futuro é um dos dilemas dos empresários e empreendedores hoje em dia. Presenciamos casos de empresas que faziam o dia a dia com perfeição, mas acabaram falindo porque não souberam olhar para o futuro.

As empresas precisam estar up to date e ser disruptivas, conectadas com as inovações que acontecem a cada minuto e com o que o seu cliente está querendo. O cliente é volátil, tem diversas necessidades e às vezes nem ele sabe direito o que quer.

Ao mesmo tempo, é imprescindível ao gestor estar focado na excelência dos processos de gestão. Investindo em uma governança estruturada, olhando para a sociedade em que a empresa está inserida, preservando o meio ambiente e tendo carinho por todas as pessoas envolvidas no processo: clientes, fornecedores, colaboradores etc.

Quem é ambidestro consegue equilibrar as duas questões e assim garante a sustentabilidade da sua empresa. Mas o que é Ambidestria Organizacional?

Ser ambidestro é ser igualmente habilidoso com ambas as partes do corpo. A palavra tem origem no Latim: ambi significa “ambos” e dext significa “certo”, ou seja, ambos estão certos.

Uma empresa é ambidestra quando é competente em ambas as partes: o presente e o futuro. Atualmente, essa habilidade é fundamental, mas não é fácil de balancear. Pois a vontade de implementar inovações disruptivas e todos os investimentos em tempo e dinheiro para isso, podem comprometer a sustentabilidade da empresa.

ENTÃO, COMO CONSEGUIR ESSE EQUILÍBRIO?

Em primeiro lugar a empresa precisa avaliar como esta a situação atual. Se já existe equilíbrio ou se seus olhos estão apenas no presente ou no futuro. Feito o diagnóstico é hora de agir.

Ter consciência que é importante investir especialmente em dois tipos de inovação. A inovação incremental (explotação) para suprir as necessidades atuais dos clientes e melhorar processos e a eficiência de gestão.  E a inovação disruptiva (exploração) que irá trazer novas soluções ou abrir novos mercados.

Lembrando que inovação não é gasto. É investimento.

A ambidestria pode ser estrutural, cíclica ou simultânea.

A ambidestria estrutural ocorre quando estão em áreas separadas. A área operacional está separada da área de inovação. Funcionam em paralelo.

Na ambidestria cíclica ou sequencial, existe um ciclo de atividades, hora com foco em inovação, hora em atividades operacionais. Todas as funções atuam em ambas as frentes em algum momento.

Já a ambidestria simultânea ou contextual, é um modelo onde todos os profissionais da empresa são ambidestros e atuam simultaneamente.

Bom, não importa o tipo de ambidestria que a empresa implantar, o que importa é que se não estiver pensando nas melhorias no dia a dia para a excelência operacional e de olho nas inovações disruptivas para um futuro próximo, a sua empresa pode não estar mais aqui quando o amanhã chegar.

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