Mario Cezar de Aguiar Compartilhar
Mário Cezar de Aguiar

O Oeste de SC pede socorro

Sentimento na região é um só: o Oeste de Santa Catarina não pode mais esperar

• Atualizado

Mário Cezar

Por Mário Cezar

Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Arquivo/ Secom
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Arquivo/ Secom

A plena inserção do Oeste de Santa Catarina na economia nacional e global não é suficiente para que a região supere as graves deficiências de infraestrutura que historicamente a perseguem. Os sérios gargalos de infraestrutura enfrentados em todo o estado são ainda mais graves naquela região, que vive um “abandono crônico”, como bem definiu em artigo recente o presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton.

Com um PIB de R$ 44,7 bilhões (2018), que corresponde a 15% do estadual, o Oeste dá substantiva contribuição ao desenvolvimento de Santa Catarina. A região foi responsável por 15,1 mil das 26 mil vagas de emprego geradas pela indústria catarinense em 2020 e, em 2021, responde por 20% dos novos empregos do setor. Em proporção similar, exportou, em 2020, 1,6 bilhão de dólares, ou 16,1% do total de Santa Catarina.

A colonização que ocorreu logo após à Guerra do Contestado e à definição das divisas com o Paraná trouxe ao Oeste levas de descendentes das famílias italianas e alemãs que no século anterior haviam se estabelecido no Rio Grande do Sul. Na bagagem traziam a tradição de produzir derivados de carne, dando origem aos frigoríficos, que começaram a abrir mercados em grandes centros. Transporte e logística eram obstáculos, mas com determinação e criatividade, os empresários superaram todos os desafios.

Ainda que tenha sido construída uma malha rodoviária e que a região possua importantes hidrelétricas, o Oeste catarinense continua carecendo de investimentos em infraestrutura. O fornecimento de energia está inconsistente e não há fornecimento de gás natural; as rodovias apresentam severas precariedades, prejudicando o recebimento de matérias-primas e o escoamento do produto acabado. Além disso, começam a eclodir problemas de saneamento e é necessário viabilizar alternativas para enfrentar problemas de falta de água. O risco é a migração em ritmo cada vez mais acentuado dos investimentos para outras regiões.

O sentimento na região é um só: o Oeste de Santa Catarina não pode mais esperar. Urge, como defendeu em recente manifestação o vice-presidente da FIESC para a região, Waldemar Schmitz, a união de todas as lideranças políticas e econômicas do estado em favor de investimentos públicos para a superação das graves e crônicas deficiências que a região enfrenta. Esta é uma bandeira permanente da FIESC.


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