Criatividade no fomento da economia? Sim, rola!
Medir o novo com uma metodologia velha não irá trazer a forma mais correta e fiel de resposta.
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Demonstrar ou “provar” o seu potencial para o desenvolvimento econômico, certamente é um dos desafios da Economia Criativa, certo? Não sei. Tenho dúvidas. Será que ela precisa provar algo para alguém?
Pensa aqui comigo… queridos leitores, temos aqui um problema para discutir e destrinchar. Uma coisa precisa ficar clara desde o início: medir o novo com uma metodologia velha não irá trazer a forma mais correta e fiel de resposta.
A Economia Criativa pressupõe valorizar os ativos locais, as potencialidades regionais, as singularidades e particularidades de cada canto das cidades, estados e países. Nem sempre, por consequência, isto irá trazer escala, exponencialidade e mega investimentos.
O propósito aqui é diferente. É de dentro para fora, é do micro para o macro. São dos pequenos movimentos para as grandes transformações. A criatividade nos demonstra que podemos ser nós mesmos e, a partir desse lugar, fazer a diferença.
E na prática, como isto se traduz? Como isto se viabiliza ou demonstra?
Me permitam referenciar um negócio que admiro e tenho em seus líderes exemplos de fomento da economia através de sua criatividade. Um case de negócio que nasceu em Florianópolis e que ganha o mundo através de sua arte, sua criatividade e principalmente por ser fiel a seus valores.
Trata-se de um studio de design, ou como eles tem se intitulado agora – uma “agência” de viagens criativas. Portanto, apertem os cintos…
Como um meio e não como um fim, o design – no Balaclava Studio – é o passaporte para que através da diversidade, pluralidade, irreverência, arte e ousadia, eles possam ir costurando e transformando empresas, instituições e até mesmo cidades inteiras.
Faustin mora em Floripa, às vezes mora em Lages e, às vezes, mora em São Paulo. A Lola, hoje, mora em Berlin. Os dois são os líderes das experiências criativas que os clientes vivenciam ao trabalhar com eles.
Já tive a oportunidade de conhecer alguns dos projetos que eles participaram e proporcionaram transformações bastante relevantes. Além das pessoas que eles empregam, dos negócios que eles ajudaram a acelerar e crescer, eles já fizeram parte de movimentos que envolveram milhares de pessoas em vários lugares do Brasil.
Sem ter grande sede, de forma sempre muito discreta e silenciosa, estes criativos fomentam e muito a economia dos locais por onde passam.
Percebam, o design, é apenas um dos setores da Economia Criativa e tem um potencial incrível de transformação. Nos cabe olhar para ele com outros olhos. Ele está por aí. Está em muitos lugares e coisas. Se queremos de fato mudar, precisamos mudar o ângulo do olhar, mudar a forma de interpretar e perceber as coisas.
Mas e aí, qual a diferença?
Não podemos de forma alguma, querer medir o impacto econômico e social causado pela Economia Criativa através de parâmetros comuns nas indústrias tradicionais. Nosso desafio, enquanto sociedade, é primeiro perceber e depois aceitar que o mundo mudou e exige novas formas de pensar e de fazer acontecer.
Estou convicto de que a diversidade da criatividade já é uma realidade, já nos traz uma nova forma de pensar a economia e fomentar o desenvolvimento econômico das cidades.
Floripa, neste contexto, segue sendo singular em suas belezas naturais. Possivelmente, seguirá sendo uma potência em tecnologia e passa a reconhecer que seu capital criativo será a nova dinâmica para lhe conduzir na viagem a um futuro veloz, transformador e super conectado.
Paro aqui, meu desejo não é concluir nada. Desejo que possamos ir trocando essa ideia, discutindo e aprendendo juntos.
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