A polêmica (vazia) do IRA!
A MALUCA IRA DO IRA!
• Atualizado

“A minha vida, eu preciso mudar…”
É Nasi, talvez você precise mesmo. Ou não ne? Afinal essa é a sua opinião. É seu direito. O show é seu, a música é sua, a arte é sua.
Quem paga não é você! Desde o momento que pessoas adquiriram o ingresso, para dar de comer a sua família, você entra em “sociedade” com o público.
Mas eu sinto que certas pessoas, com opiniões mais extremas não tem tanta maleabilidade assim.
Vamos aos fatos!
APRESENTO-LHES IRA!
A banda Paulistana IRA!, formada nos anos 80, tem hits como “Envelheço na cidade”, “O girassol”, “Flores em você”, “Eu quero sempre mais”, entre outros. Edgard Scandurra e Nasi são os dois lideres da banda que vivem em pé de guerra (desde os anos 80). Constantemente a banda volta e acaba, inclusive com tretas sérias, como a do Nasi e seu irmão, que era empresário da banda.
O último grande ato da banda, nacionalmente, foi com o acústico MTV, onde a banda se juntou, com a até então princesa do rock brasileiro, pitty e lançou uma das músicas mais ouvidas do ano de 2004. “Eu quero sempre mais”. A música faz parte do álbum acústico e que esse ano a banda resolveu sair em turnê homenageando o mesmo. Turnê essa que culminou em Contagem, Minas Gerais, palco da treta.
A TRETA
A banda estava se apresentando em Minas Gerais, quando entoou a frase “sem anistia”. Parte da plateia, resolveu vaiar a banda, logo após o ocorrido. O show aconteceu no dia 29 de fevereiro, mas o vídeo se espalhou agora.
Nasi, vocalista, fala as seguintes palavras:
“Para vocês que estão vaiando, eu vou falar algo. Se tem gente que acompanha a gente e é reacionário ou bolsonarista, saibam que isso não tem nada a ver. Por favor, vão embora. Vão embora da nossa vida. Não apareçam mais em shows e não comprem discos. Não apareçam mais”, disse Nasi
Após a repercussão negativa, sim, a repercussão fora da bolha foi negativa, 4 shows da banda pela região Sul foram cancelados, Jaraguá do Sul, Blumenau, Caxias do Sul e Pelotas.
“Recebemos inúmeros pedidos de cancelamento de ingressos adquiridos, desistência de patrocinadores e o risco claro de não progressão das vendas até as datas do show”, disse parte da nota da produtora
O FATO É QUE..
A frase quem lacra não lucra, não é uma verdade. Milhares de “lacradores” estão por aí entupindo as burras de dinheiro, muito por conta de parcerias com agências.
É o jogo, vida que segue, enquanto não mudarem isso, será assim. Nunca é pelo o que e sim por quem…
Mas o caso do IRA! Não é este caso.
O vocalista, tratou parte de seu trato societário, o público como nada. A boa e velha frase: “Não preciso do seu dinheiro!”, precisa Nasi, todos precisamos. O ato do vocalista de mandar parte do público ir embora, é o mesmo que um dono de cachorro quente, jogar o dogão na cara do cliente e dizer: “não quero você mais aqui”. Parte dos clientes ficarão indignados, nunca mais voltarão no local e farão campanha contra o dogão.
Então Nasi, não reclame se você nunca mais conseguir vender seu hot dog em um local que presa pelo bom tratamento. Mas se acaso quiseres, pode vender seu dogão em outros locais que talvez gostem mais de sua receita. Só não culpe o cliente, por achar seu dogão mal feito e seu atendimento ruim.
Talvez tenha quem prefira de fato ouvir a música da banda em outros lugares. Talvez tenha quem prefira escutar os clássicos antigos da banda, como a música “Pobre Paulista”, do álbum “Vivendo e Não aprendendo”.
A música é composta por Scandurra e tem frases como:
“Dentro de mim sai um monstro,
Não é o bem nem o mal,
É apenas indiferenca,
É apenas ódio mortal.
Não quero ver mais essa gente feia,
Nem quero ver mais uns ignorantes,
Eu quero ver gente da minha terra,
Eu quero ver gente do meu sangue.”Trecho da música “Pobre Paulista”
Qual seria o ódio mortal? De quem? Quem são as pessoas feias que habitavam a São Paulo da banda? Sobre a música, Edgar disse no podcast MPB BOSSA:
“Quando escrevi aqueles versos, eu estava no universo do adolescente que eu era, e, na época, a ideia era mais atingir meus pais, os professores que eu não gostava, as pessoas mais velhas. Nunca fui um bom aluno, sabe? A coisa acabou tomando uma proporção preconceituosa, como se fosse algo extremamente bairrista em relação a São Paulo. Usei muitas metáforas infelizes para falar de pessoas sem citar nomes, e isso acabou atingindo gente que eu não queria atingir.” Disse Scandurra
Eu fico imaginando se Roger, do Ultraje, dissesse em uma entrevista que usou “metaforas infelizes” para uma compor uma música, o que e de quem estaríamos ouvindo hoje…
Até mais pessoal
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