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Comunicação aumentativa

Prefeito de Florianópolis recebe proposta de projeto de inclusão social para autistas em praças

Iniciativa de clínica especializada visa implantação de pranchas de comunicação aumentativa e alternativa a exemplo de experiências internacionais

• Atualizado

Redação

Por Redação

Secretaria Zena Becker, Prefeito Topázio Neto, e Daline Dalet (Clínica Espaço Evoluir) Foto: Divulgação
Secretaria Zena Becker, Prefeito Topázio Neto, e Daline Dalet (Clínica Espaço Evoluir) Foto: Divulgação

Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, e a Secretária de Relações Institucionais, Turismo, Esporte e Cultura de Florianópolis, Zena Becker, receberam da clínica “Espaço Evoluir”, referência no atendimento a crianças com transtorno do espectro autista, sugestão de projeto de inclusão social e acessibilidade através do uso de comunicação aumentativa e alternativa através de material gráfico especial nas praças da cidade.

Segundo Daline Dalet, sócia da clínica, “crianças e jovens que experienciam dificuldades de comunicação apresentam dificuldades no acesso à informação, aprendizagem e interação social. Nesse contexto, muitas vezes, a utilização de fala como meio de comunicação encontra-se pouco possibilitada, existindo lacunas no desenvolvimento de uma comunicação funcional.”

Entre as abordagens utilizadas para promover o desenvolvimento de uma comunicação funcional, destaca-se o uso da chamada “Comunicação Aumentativa e Alternativa” (CAA) que, segundo a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), destina-se a “compensar e facilitar, permanentemente ou não, prejuízos e incapacidades dos sujeitos com graves distúrbios da compreensão e da comunicação expressiva (gestual, falada e/ou escrita).”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) no “Relatório Mundial sobre a Deficiência” destaca que “o ambiente de uma pessoa tem um enorme impacto sobre a experiência e a extensão da deficiência. […] O ambiente pode ser mudado para melhorar a saúde, evitar incapacidades, e melhorar os resultados para as pessoas com deficiência”, visto que ambientes inacessíveis criam barreiras à participação e inclusão social.

Proposta de inclusão social

Conforme relatado na proposta de projeto apresentada e entregue aos representantes da prefeitura, “levando em consideração o Decreto no 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que reconhece a comunicação como um direito de todos, é necessário pensar em múltiplos meios e formatos de assegurar a comunicação de diferentes indivíduos e capacidades.”

Atualmente, no Brasil, poucas cidades dispõem de placas de comunicação aumentativa e alternativa em locais públicos. No entanto, podem ser mencionadas cidades que já disponibilizam esse recurso, como Porto Alegre, Rio Grande do Sul (localizada na Praça Júlio Mesquita); Bagé, Rio Grande do Sul (localizada na Praça das Carretas); Maragogi, Alagoas (localizada na Praça Ecológica).

Para a empresária, “temos diversas possibilidades de promover a participação de todos na sociedade através da comunicação multimodal. Florianópolis, enquanto capital de Santa Catarina e compromissada com a inclusão social, carece de ambientes com recursos acessíveis para pessoas com necessidades complexas de comunicação.”

O projeto apresentado e que será analisado pela prefeitura visa implementação de pranchas de CAA nos principais espaços coletivos da cidade, como praças e centros de convivência.

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