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Caso Jaguar

Defesa diz que réu pagou acordos por se “sentir responsabilizado, mesmo não sendo culpado”

Réu afirmou que se culpa pois foi uma tragédia e disse que os acordos foram feitos pelos advogados

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: SCC SBT/Reprodução.
Foto: SCC SBT/Reprodução.

Na tarde desta quarta-feira (19), Evanio Prestini falou pela primeira vez durante o julgamento do Caso Jaguar e disse que o acidente ocorrido em 2019 foi uma “tragédia”. Acusado de provocar a morte de Amanda Grabner Zimmermann e Suelen Hedler da Silveira e de ferir outras três pessoas, Evanio disse não se recordar de detalhes do acidente.

Durante o depoimento, os promotores do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) questionaram o motivo de Prestini pedir desculpas se afirma não ter sido culpado pelo acidente. Em resposta, o réu afirmou que se culpa pois foi uma tragédia e disse que os acordos foram feitos pelos advogados que “cuidaram de tudo”.

Ao ser novamente questionado do motivo de ter realizado os acordos com as vítimas, o acusado não respondeu. Já a defesa apontou que acordos foram feitos porque “ele é devoto e se sentiu responsabilizado pelas vítimas, mesmo não sendo culpado”.

Caso Jaguar: o acidente

Ao ser questionado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sobre ter afirmado em depoimento anterior que não lembrava do momento do acidente mas depois ter passado a afirmar que o Palio que invadiu a pista contrária, Evanio disse estar sofrendo com transtornos psicológicos desde o acidente e que vem passando por tratamento e por isso que “agora lembra de partes”.

De acordo com o réu, o acidente aconteceu muito rápido e “quando viu o Palio foi em cima da hora e nem conseguiu frear”. Além disso, relatou que depois do acidente “ficou em pânico e em estado de choque”. Durante o depoimento, Prestini relembrou que saiu pelo porta malas do veículo pois as portas não abriam e que teria ido em direção ao carro das vítimas, mas já haviam populares no local que o impediram.

Os promotores de justiça perguntaram se o acusado auxiliou no socorro às vítimas e o réu afirmou que os populares não deixaram. A defesa de Prestini reiterou que ele permaneceu no local do acidente, realizou bafômetro de forma espontânea e que o velocímetro aponta que ele freou antes do acidente. Já sobre as garrafas de vodca, algumas abertas e outras fechadas, encontradas no porta malas do Jaguar, o réu disse que eram para a festa de casamento dos pais.

O julgamento

A sessão do Tribunal do Júri que julga o motorista acusado de causar o acidente que matou duas jovens e deixou outras três feridas na BR-470, iniciou às 9h, desta quarta-feira (19). O réu estaria alcoolizado quando causou o acidente em Gaspar, no ano de 2019.

Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em fevereiro de 2019 o motorista dirigia sob efeito de álcool, quando seu veículo, um Jaguar, colidiu frontalmente com outro carro, um Pálio. Duas jovens, Suelen Hedler da Silveira e Amanda Grabner, morreram e outras três ficaram feridas. O condutor foi preso em flagrante, teve prisão preventiva decretada pelo juízo da comarca de Gaspar, mas recorreu da decisão e responde ao processo em liberdade.

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